Antes de mais nada, é preciso entender o que é um plano. Plano, de uma forma geral, é uma ferramenta que serve para organizar as ações a serem tomadas, para atingir um determinado objetivo. Esta ferramenta começa a ser delineada através de estudos sobre o local e o tema de interesse. Por exemplo: um plano municipal deve conter informações sobre características físicas do local e socioeconômicas e culturais da população, um “retrato” do local. Faz parte disso um diagnóstico sobre o assunto tratado no plano.
No caso do PMGIRS, devem ser levantadas informações sobre todos os aspectos relacionados a resíduos sólidos que ocorrem no município: geração, coleta, tratamento de resíduos domésticos, hospitalares e outros. Essas informações são a base para formatar as perspectivas iniciais do plano.
Com este primeiro cenário delineado, são identificadas as ações necessárias para a gestão dos resíduos no município. Posteriormente, define-se a ordem de prioridade correta dessas ações; são também estabelecidas metas para 20 anos à frente. Somente após a conclusão do plano são elaborados os projetos, que o usarão como base.
A participação social deve ser uma constante em todas as fases de projeto: o diagnóstico deve ser apresentado publicamente e validado pela população, que pode colaborar com acréscimos e críticas; os planos de ação, da mesma forma, devem ser divulgados e validados, acrescido das contribuições da população. Fora isso planos devem ser constantemente revisados, para se manterem condizentes com a realidade do município.
Enfim, o PMGIRS é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos urbanos, contemplando os aspectos referentes à não geração, redução, reutilização, reciclagem e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Visa o planejamento de ações para solução dos resíduos sólidos para uma cidade, determinando diretrizes e ações para o manejo ambientalmente adequado e sustentável dos resíduos sólidos e ainda, promovendo a educação ambiental e a mobilização social.