Desde meados do século XX, há uma tendência das áreas urbanas crescerem mais que as rurais. Segundo o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat),  “metade da humanidade vive em pequenas e grandes cidades e espera-se que, nos próximos 50 anos, dois terços da população mundial sejam urbanos.”

Esse crescimento traz diversas consequências, dentre elas uma maior concentração de edificações, impermeabilização das ruas por causa de seu asfaltamento, diminuição das áreas verdes e do solo exposto. Em locais com essas características ocorre um fenômeno denominado ilha de calor.

A ilha de calor ocorre principalmente por duas razões: a ausência da vegetação, importante no processo de evapotranspiração, que regula a temperatura das localidades e a capacidade dos materiais de construção em reter energia térmica, ou seja, calor. Assim, esse fenômeno provoca muitos inconvenientes, como por exemplo a elevação do consumo de energia elétrica por conta do uso de aparelhos de ar condicionado e até mesmo a alteração do regime de chuvas de uma localidade.

Uma forma de atenuar essas consequências é utilizar a cobertura das edificações como área permeável, devolvendo parte do espaço que as edificações ocuparam no solo: a criação de telhados verdes.

Diversas cidades no mundo todo têm adotado esta solução, como Berlim (Alemanha foi pioneira), Paris, Chicago, Nova Iorque e São Paulo, buscando melhorar as condições climáticas da cidade e valorizar os recursos naturais pela população.

Em Paris, por exemplo, a prefeitura criou em novembro de 2009 Le Jardin sur le Toit, um horto coletivo instalado no telhado do Gymnase des Vignoles, na rue des Haies. Além de exercer papel relevante no processo de conscientização ambiental, já que é totalmente acessível ao público, que cuida dele, oferece melhora das condições climáticas.

Em Chicago, desde 2000 há o programa “Climate Change Action Plan”, visando reduzir as emissões de carbono da cidade. Iniciou pela construção de um telhado verde na sede da prefeitura e atualmente equipes de avaliação e consultoria da própria prefeitura ajudaram a criar um mercado para a criação de telhados verdes.

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Em São Paulo ainda há poucos exemplos dessa solução, porém destaca-se o Palácio do Anhangabaú, um dos mais bem conservados jardins de edifícios públicos do país, com dezenas de espécies catalogadas.

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Fontes: casavogue.globo.comcidadessustentaveis.org.brplanetasustentavel.abril.com.br